Fred Alves

Vivemos uma época de assombros e de absurdas perturbações no mundo como um todo, e a igreja não tem sido diferente do mundo como deveria. A pregação do Evangelho simplesmente não existe em muitas Igrejas. O sacrifício vicário do Senhor Jesus Cristo, que nos concedeu gratuitamente a vida eterna, já não é mais suficiente para manter os cristãos firmes em suas igrejas.

O antropocentrismo tomou conta das Igrejas de tal maneira que Jesus deixou de representar o alento e a salvação de todos aqueles que nele crêem, para se tornar não mais que um mero ajudante com poderes mágicos, sempre pronto para obedecer ao chamado de seus senhores.

A exortação pela Santidade, pela misericórdia, pelo crescimento na graça e no conhecimento da Palavra de Deus, não pode mais ser pregada em muitas igrejas, porque isso afastaria os “crentes” e poderia afetar o dízimo. Não se pode mais corrigir os vícios. Não se pode mais chamar os que erram à correção. Em nome de um crescimento meramente numérico em seu quadro de membros, muitas igrejas deixaram há muito a pregação da sã doutrina.

Graças ao abandono da Palavra de Deus e pela falta da cultura dos bons hábitos, distorceu-se completamente o sentido das bênçãos e das alegrias que a vida santificada ao Senhor pode nos trazer. Hoje em dia, igreja boa é aquela em que todos os seus membros são abençoados com muitos bens e com fartura financeira. A maior igreja hoje em dia, é aquela que tem centenas de membros que se reúnem como alegres clubes de campo nos finais de semana.

“Igrejas” que geram escândalo após escândalo, que abandonam o convívio e a pregação critsã verdadeira e se utilizam de todo tipo de crendices, verdadeiras “simpatias” e “mandingas” a invalidar o Evangelho do Senhor. Hoje já não é mais Jesus que salva, mas o “sabão-milagroso-do babaquara-roxo”. O “barro-poderoso-do-Rio-sujão”, pode curar todas as enfermidades. Quem tiver fé para doar uma “semente-de-no-mínimo-trocentos-Reais”, ficará rico.

Lobos em pele de cordeiro. Safardanas que escandalizam em nome de um “deus” que não os corrige. “Igrejas” que se vendem, que se corrompem, que se deixam enlamear preocupadas apenas com o dinheiro. Dinheiro que serve para comprar a televisão. Televisão que já não pode mais falar de Deus por que a pornografia e a violência dão mais audiência. Dinheiro que compra mansões no exterior. Dinheiro que vem fácil quando você vende seu ministério e se mistura aos idólatras para lotar os estádios. Dinheiro que tomou o lugar de Deus.

É preciso que retomemos a alegria na conversão do perdido, a comunhão da igreja dos primeiros tempos, tão ricamente detalhada no livro de Atos dos apóstolos. A Igreja que Paulo prega aos gálatas e aos Coríntios. Onde está a palavra que liberta? Onde a sã doutrina hoje encontra corações contritos que lhe oportunizem crescer e frutificar? Precisamos buscar o avivamento da igreja, mas não um avivamento somente de pula-rola-deita-levanta-e-cai-no-chão. Avivamento do Espírito. Avivamento que traga vida, consolo, salvação, libertação.

Senhor Deus, rogo-te que seja tão misericordioso para comigo, que eu possa seguir ao meu Mestre Jesus. Que nunca se apaguem do meu coração as palavras do Profeta Isaías que foram lidas por Jesus na sinagoga:

O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração, a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor.(Lc 4:18,19)

E que eu possa me tornar mais que um seguidor fiel. Um imitador.

TODA HONRA E TODA A GLÓRIA AO TODO PODEROSO REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES.